Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Há tanto por dizer...

É preciso ter uma Santa Paciência

Santa Paciência.jpeg

Muitas são as vezes que nos deparamos com situações em que é preciso ter uma paciência enorme para não começar a chamar nomes feios às pessoas. Eu considero-me uma pessoa sem paciência, mas às vezes eu vou buscá-la onde nem eu sabia que ela estava guardada, tudo isto para que não comece a disparar o que me vai na alma. 

Há situações e pessoas que me tiram do sério, esgotam qualquer pingo de paciência que possa restar em mim e claro está que me resta aqui o blog para dizer o que me vai na alma.

Neste caso em específico que estou a presenciar e que envolve diretamente o meu trabalho, qual é o motivo de mentir? Qual é a lógica de dizer que uma determinada tarefa está pronta quando a pessoa sabe claramente que não fez nada? O que vai na cabeça dessa pessoa quando admite que algo está terminado quando sabe que outra pessoa precisa disso para seguir com outra tarefa, dado que sem a dele não é possível fazer nada? A pessoa em questão esteve 1 mês para concluir a sua tarefa, algo que demoraria no máximo duas semanas... e chega ao final de um mês e nada? Não é mais fácil ser honesto e dizer que não está a conseguir pelo motivo A ou B? A meu ver é...

Certo dia pensei que existe um santo para tudo e pesquisei pela Santa Paciência. Encontrei esta linda imagem no Google. No fundo tem uma identificação "Júlia Lima" que não sei se pertence ao real autor dela ainda assim deixo aqui o link mencionado na imagem como sendo os créditos dela (já que está assim identificada).

Essa é a minha Santa Paciência, para todas as situações em que envolve ter uma paciência de Santo!!

A Vinted pediu-me o NIF. E agora?

Antes de percebermos o motivo da Vinted querer o nosso NIF, é preciso entender quais são os critérios e o que acontece após indicarmos o nosso NIF.

Existe uma diretiva, a DAC7, que indica que as plataformas como a Vinted, precisam fornecer os dados às autoridades fiscais das vendas realizadas e, para isso, necessitam do NIF para que esses dados sejam comunicados. Mas isso não quer dizer que tenhas de fazer algo mais além de informares o teu NIF, neste momento, até que haja uma legislação em contrário, a Vinted apenas precisa de comunicar as tuas vendas, apenas isso. Para já, não terás de pagar impostos pelas vendas feitas na Vinted. 

Para quem não recebeu nenhuma mensagem da Vinted a pedir o NIF, não terá de fazer nada, mas para quem recebeu uma mensagem a pedir para que o NIF seja informado, terá de o fazer.

 

Ou seja, comunicar o NIF não é para todas as pessoas que fazem vendas na plataforma, existem critérios para isso. Só estão abrangidas pessoas que estão num destes dois pontos:

  1. Fizeram 30 ou mais vendas em um ano (de 1 de janeiro a 31 de dezembro);
  2. Fizeram vendas no valor superior a 2.000,00€ em um ano (de 1 de janeiro a 31 de dezembro).

 

Há muitas dúvidas se são 30 vendas e 2.000,00€ se são só 30 vendas ou se são 2.000,00€ em vendas. Basta que um dos critérios seja preenchido. Vamos a exemplos concretos.

  1. Desde janeiro até agora só fiz 40 vendas no valor de 1,00€ cada e a Vinted pediu o NIF: exatamente, o critério do ponto 1 foi atingido, ou seja, foram realizadas mais do que 30 vendas, por isso, o NIF foi pedido;
  2. Apenas fiz 5 vendas e estão a pedir-me o NIF: a soma do valor das 5 vendas ultrapassa os 2.000,00€ e é por isso que estão a pedir o NIF, certamente que vendeste artigos de valores elevados.

 

Aquilo que eu não posso garantir são os casos em que só venderam 2.000,00€ sem atingir as 30 vendas e os casos em que fizeram exatamente 30 vendas. Pelo que a Vinted descreve, serão 30 vendas ou mais, portanto eu arriscaria dizer que na 30ª venda eles irão pedir o NIF. Quanto ao valor, pelo que descrevem, dá ideia que só após ultrapassar os 2.000,00€ é que pedem o NIF, ou seja, 2.000,01€ pedem o NIF:

vinted-nif-condicoes.png

 

A questão mais comum é: isto irá ter impacto no meu IRS? A resposta, para já, é não. Até à data da publicação não existe qualquer imposto para vendas de artigos em segunda mão, mesmo que vendas artigos novos na Vinted, eles não serão tributados. O mesmo se aplica a artigos que vendeste por um valor superior ao que foi comprado.

vinted-nif-tributação.png

 

Esta publicação é direcionada para utilizadores que vendem artigos na Vinted e que não têm qualquer empresa, isto é, as informações não se destinam a pessoas que possuem lojas e vendem artigos na Vinted.

Tenho outras publicações sobre a Vinted com informações e dicas:

 

Todas as informações foram retiradas daqui, no dia 24/10/2024.

Fazer pelos outros e não por nós... não deveria ser o contrário?

person-3373190_1280.jpg

Acabei de ver um vídeo que me levou a escrever isto. Por qual motivo as pessoas insistem em fazer o que os outros querem? Por qual motivo se pensa mais no que o outro vai pensar/gostar? E nós? Não deveria ser o contrário? Não deveríamos fazer as coisas porque nós gostamos?

O vídeo que acabei de ver é de um youtuber que chegou ao seu limite. O público "encaminhou" o canal dele para assuntos de comida. Atenção, não é que ele não goste de cozinhar ou de provar pratos, a questão aqui é a forma como isso se tornou repetitivo. Ele adora gravar vídeos e gosta de vários assuntos mas o público-alvo dele gosta claramente de quando ele faz vídeos de assuntos específicos, no caso, provar comidas, daqueles típicos de caro vs barato e etc... Quando ia para iniciar mais um vídeo desses começou a falar e, aquilo que seria um vídeo a provar comida transformou-se num verdadeiro desabafo, onde ele dizia que nem sempre quer fazer esse tipo de vídeos, mas para se manter fiel ao seu público acabou meio que a obrigar-se. Não é que ele quisesse de todo acabar com esse tipo de conteúdo, mas ao fim de vários anos sempre no mesmo é lógico que acaba por ser cansativo. Ele foi claro quando disse que não tem de fazer os vídeos que o seu público quer mas que se não os fizer meio que também estaria a ignorar aquelas pessoas que o acompanharam por tantos anos... e foi daí que eu resolvi trazer este assunto para aqui.

Quantas pessoas existem com esse sentimento? Aquele sentimento de que faz as coisas pelos outros e não por si mesmo? Imensas não é mesmo? Também me parece que sim...

Tudo o que fazemos deve ser sempre por nós, não devemos colocar em causa o que gostamos e o que amamos por opinião alheia. Não devemos deixar de vestir uma blusa porque os outros podem achar que somos loucos. Não devemos deixar de seguir o nosso coração porque outra pessoa disse que não iria dar certo. Claro que, tudo deve ser feito com peso e medida, também não é preciso exagerar na premissa de que "eu faço o que quero porque é assim que estou bem"... é preciso ter calma e cabeça para pensar.

Mas no fundo acho que me entendem quando digo que devemos fazer as coisas por nós e não pelos outros. Olharmos um pouco mais para os nossos sentimentos, para aquilo que nos dá alegria. Viver num mundo colorido e não num mundo a preto e branco. Olhar para o lado e perceber que a outra pessoa ganhou coragem e fez aquilo. Devemos seguir os nossos sonhos e não os sonhos de um outro alguém...

No caso daquele youtuber, entendo a parte dele não querer ignorar os seus seguidores e provavelmente até perder alguns, mas quem o acompanha desde o início sabe que, por vezes, é preciso mudar. É preciso ter o mínimo gosto pelo que se está a fazer, ou seja, é preciso que ele goste do conteúdo que está a produzir. A partir do momento que ele tem dúvidas se continua a gostar daquilo, é preciso repensar no que se quer e dar um rumo novo...

Acredito que há muitos mais casos destes do que possa imaginar... infelizmente.

Imagem de 👀 Mabel Amber, who will one day por Pixabay

Segunda-feira, dia de mudança

desk-593327_1280.jpg

Hoje cheguei ao escritório já com uma ideia quase que fixa: mudar a minha secretária de lugar. Posso afirmar que sou uma sortuda em certos aspectos e esse é um deles. O escritório é imenso, em tempos estavam presencialmente e diariamente mais de 20 pessoas, algumas foram saindo, outras foram "dispensadas", houve mais contratações e entretanto veio toda uma pandemia. Por mais trabalhadores que possam existir nesta empresa neste preciso momento, temos o privilégio de poder trabalhar onde quisermos. Não temos qualquer obrigatoriedade. Desde a pandemia que preferia o escritório, o facto de sair de casa, de vir para um local onde existem várias empresas e de poder ver sempre alguém é algo que gosto imenso, pois se ficar em casa estou ali sempre no mesmo ambiente e não sou muito fã disso. De finais de Julho a Setembro optei por ficar em casa e visitar o escritório apenas um outro outro dia, até porque estava imenso calor, por isso era bem melhor ficar em casa. Desde Setembro que tenho vindo mais vezes, mas não tem sido de forma diária. Contudo há certos pormenores que me estavam a irritar. Neste escritório já estive em 6 locais diferentes, hoje voltei àquele que foi o meu quinto lugar. Porquê tanta mudança? Bem, quando entrei na empresa colocaram os novatos todos juntos, depois quiseram organizar o escritório por projetos e aí estive em 3 lugares diferentes. Isso tudo acabou e eu tomei iniciativa de mudar para um local mais calmo, depois voltei a mudar e hoje regressei ao meu local anterior. Não é que os restantes não sejam calmos mas o facto de estarem próximos ao ar condicionado, à máquina do café, etc... não me sentia bem e, já que não temos propriamente um lugar definitivo eu dou-me ao luxo de experimentar novos lugares. 

Cá estou eu no meu lugar que é o meu cantinho, no fundo da sala, ninguém me incomoda, ligo o ar-condicionado se quiser, caso não queira não ligo. É como se fosse um cantinho só meu, faço dele o que quiser.

É tão bom poder escolher o local onde me sinto melhor para trabalhar... 

Imagem de StartupStockPhotos por Pixabay

O uso de "telemóveis" nas escolas

girl-5425872_1280.jpg

Há algum tempo ouviu-se um zum zum sobre a proibição do uso de "telemóveis" nas escolas. Já vão perceber o motivo de estar a colocar essa palavra entre aspas. Nesse momento fiquei com uma ideia bem definida sobre esse assunto mas ainda assim queria ver no que iria dar. Há uns dias, em conversa, lembrei-me de que não voltei a ouvir mais zum zuns sobre o uso de "telemóvel" nas escolas. Haveria realmente proibição? Como isso iria ser controlado?

O ponto aqui é que a proibição baseava-se no facto de os alunos andarem sempre a navegar entre sites, redes sociais, jogos, etc etc... e já nesse mesmo momento vesti o meu lado mais brincalhão e disse "mas os telemóveis não permitem tal coisa", ou seja, porque motivo se deveria proibir o uso de algo que apenas serve para fazer chamadas e enviar mensagens? Sim, porque uma coisa é um smartphone outra coisa é um telemóvel. É daquela coisas que se diz que é falar a sério mas a brincar. O meu lado mais criativo para a discórdia foi por um caminho que certamente ninguém se tinha apercebido (ou poucas pessoas) 

Esta publicação veio a propósito de outra, no blog da Maribel Maia - Educar (Com)Vida em que era justamente sobre este tema, logicamente comentei com esta questão dos telemóveis vs smartphones e, foi daí que pensei em fazer então a publicação sobre a minha "brincadeira".

Ora então vamos lá. Quando era pequenina (há bem pouco tempo ) não tinha telemóvel. Sempre que precisava de algo e era mesmo muito importante, podia ligar da secretaria da escola. Era só chegar lá, dizer o número e faziam a chamada. No fim, dependendo do tempo que estivesse a conversar, diziam-me quanto era, eu pagava e o assunto ficava resolvido. As minhas ligações eram simplesmente porque me esquecia das sapatilhas para a educação física ou de algum livro/caderno importante, quando sabia que alguém me podia levar isso à escola. Passado uns anos, alguns dos meus colegas já tinham telemóvel e eu continuava sem ter, até que um dia chegou a minha vez e lá tive um telemóvel. O que podia fazer com ele? Enviar mensagens e fazer chamadas, mas não era "à vontade do freguês" tinha saldo, limitado, portanto muitas vezes se queria dizer algo, enviava um toque para que me ligassem  Quero dizer com isso que não dava para haver grandes distrações com chamadas ou mensagens porque o valor era limitado. 

Claro está que os tempos mudam e, hoje, um telemóvel passou a ser um smartphone e quando se fala de telemóvel associa-se logo à conectividade com Internet, aplicações, redes sociais, etc.. e quase ninguém se recorda que dá para fazer chamadas nem enviar mensagens, até porque isso já costuma ser feito através de aplicações que usam Internet.

Mas por qual motivo se deve proibir telemóveis ou smartphones nas escolas? A educação tem de começar em casa. Se o menino ou a menina quer estar constantemente no tal dito telemóvel (que na verdade é um smartphone), simplesmente não pode, tem de haver regras. Claro que se não há regras em casa, não é na escola que vão ser um aluno exemplar que não mexe nunca naquele aparelho durante as aulas. Tudo o que é feito com regras e bom senso funciona. Não entendo como pode um aluno simplesmente ir para a escola sem um meio de comunicação, lá está, não precisa ser o iPhone mais recente nem o Samsung topo de gama, estou a referir-me a um telemóvel, simples, que dê para fazer umas chamadas ou até mesmo um smartphone mais simples e que o use com cabeça. O que me faz mais confusão é o proibição total ao ponto de não poder entrar na escola com tal aparelho, mas... e se acontece algo no caminho para a escola? Ou se realmente for preciso algo? Entendo que os alunos têm de começar a aprender a resolver os problemas sozinhos mas há casos e casos... Porque motivo não pode ter um telemóvel (literalmente telemóvel) para enviar uma mensagem ou fazer uma chamada?

E para aqueles meninos que são bem educados, sabem distinguir o que devem e o que não devem fazer, quando e como o devem fazer, por qual motivo devem ficar impedidos de algo só porque os outros não compreendem o local certo para usar tal coisa?

Enfim, isto leva-me a tantas questões. Mas uma coisa é certa, não proíbam telemóveis. Sim, os telemóveis que ainda se vendem por 20/30€, que dão para fazer chamadas e enviar mensagens  Aqueles que antes tinham teclas, ainda existem! Exatamente esses... não há necessidade de serem proibidos.

Imagem de Mircea Iancu por Pixabay